A Organização da PJMP Sem articulação entre si nos diferentes níveis da Igreja, os grupos de jovens se fechariam numa visão parcial e limitada. Esta articulação permite: o intercâmbio de experiências, com discussões que levam à sistematização destas e de reflexões com outros grupos; a preservação da memória histórica; e a manutenção da fidelidade à ação evangelizadora e ao sentido de Igreja. Por isso, é necessário que os jovens de uma paróquia, das paróquias da mesma área, as áreas de uma mesma diocese, das dioceses de um mesmo regional e os regionais de um mesmo bloco do País e do próprio Continente..., se articulem entre si, para que a Pastoral da Juventude realize organicamente sua missão evangelizadora. A pastoral da Juventude só pode ser verdadeiramente pastoral à medida que estiver articulada com a pastoral de conjunto, enraizada nas igrejas locais, onde assuma os desafios próprios delas. No trabalho pastoral, os bispos, os padres, religiosos e religiosas exercem serviço de unidade e comunhão. Por isso, é necessário manter estreito e verdadeiro diálogo de interpretação com os vários serviços pastorais. Este diálogo é que permite o sábio confronto, a participação aberta e o planejamento que promove a participação co-responsável de todos nas decisões, na tarefa e na avaliação.
MODELO E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
Tendo em vista a sociedade dividida em classes, a Pastoral da Juventude do Meio Popular é um modelo de pastoral situado dentro da classe popular com diversas formas de organização por meios específicos para contribuir na transformação da sociedade, à luz do Projeto de Deus, revelado e vivenciado por Jesus Cristo. Entre as várias formas de organização da PJMP salientamos: a ) A organização dos jovens das classes populares, formada por iniciantes e militantes no meio rural e/ou urbano. b ) A organização dos jovens das classes populares, formada apenas por militantes no meio rural e/ou urbano.
COORDENAÇÃO
Uma boa organização pressupõe a formação de coordenações para acompanhar de perto os grupos base. A pastoral orgânica da Igreja é o trabalho estruturado, harmonioso, integrador, que a Igreja vai fazendo para os jovens, com os jovens e dentro da perspectiva dos jovens a fim de que eles se realizem pessoalmente, participem do desenvolvimento e do crescimento da comunidade e ponham em prática sua missão transformadora na sociedade. Uma boa coordenação surge quando existem grupos de base que descobrem a necessidade de se articularem entre si. Uma coordenação só funciona bem quando seus membros: * têm algum trabalho de base; * sabem como trabalhar com os jovens; * estas, unidos a um grupo em que revejam sua prática à luz da fé. Geralmente, os grupos de base dão origem à coordenações paroquiais, estas coordenações a nível de área, diocesanas e regionais, e estas, por sua vez, à coordenações nacionais.
ORGANIZAÇÃO PAROQUIAL
A paróquia deve estar atenta à formação dos jovens e deve funcionar como centro da animação e da coordenação de suas atividades. Deve ajudar a integrar a Pastoral da Juventude à pastoral de conjunto, mediante a prática da participação da base: os jovens têm que estar representados e participar das reuniões do Conselho Pastoral e levar a voz da juventude ao caminho geral de toda a paróquia. Quando dentro de uma mesma paróquia, existem vários grupos de jovens, é conveniente criar urna coordenação paroquial integrada pelos coordenadores que representam todos estes grupos. Esta equipe deve ter momentos de expressão de sua espiritualidade, pensar e elaborar sua ação tendo em vista a dimensão da formação da juventude. Suas funções são: * Planejar, assessorar e animar os esforços dos Jovens; * Animar toda a comunidade paroquial para que ela assuma sua responsabilidade na Pastoral da Juventude; * Sensibilizar todos os jovens para assumirem e testemunharem o serviço em beneficio da comunidade; * Buscar, propiciar e utilizar todos os meios de formação para os Jovens; * Motivar continuamente os Jovens para que assumam o seu compromisso transformador da realidade.
ORGANIZAÇÃO ARQUIDIOCESANA / DIOCESANA
A PJ deve estar aberta à pastoral diocesana e nela inserida. Por isso, em cada diocese, deve existir uma coordenação ( comissão ) da Pastoral da juventude que seja instrumento de reflexão, planejamento, execução e avaliação do desenvolvimento orgânico da PJ, bem como coordenador de todas as expressões que se manifestam na diocese. A equipe diocesana deve ser formada por pelo menos um representante da igreja local (sacerdote, religioso ou leigo ) e por jovens representantes dos grupos de base. Esta articulação favorece a existência de uma só pastoral da juventude como expressão do esforço evangelizador da juventude desta Igreja particular. A equipe deve estar impregnada de forte espírito de serviço, ter visão clara da realidade diocesana e ser formada por pessoas capazes de criar comunhão e participação. Suas funções principais são: * Oferecer apoio, orientação e acompanhamento às coordenações paroquiais existentes, e promover a criação de outras novas; * Manter comunicação direta com a pastoral de conjunto e com o Organismo Episcopal da juventude em nível nacional, levando a voz da diocese e fazendo chegar a esta a coordenação e a ação pastoral determinada para estes níveis.
ORGANIZAÇÃO NACIONAL
A PJMP deve ter uma comissão nacional com respaldo das bases para poder tomar todas decisões necessárias. Esta comissão deve ser formada por um representante jovem de cada bloco e o assessor nacional. De acordo com as necessidades, a comissão deve realizar reuniões ampliadas. Suas funções principais são: * Articular as experiências da PJMP e ajudar na organização; * Encaminhar os encontros nacionais; * Articular-se com outras pastorais; * Contribuir na articulação dos blocos desarticulados; * Ser urna referência nacional da PJMP; * Recolher os encaminhamentos saídos dos encontros e discutidos nos regionais e incentivar o debate; * Encaminhar subsídios que retratem a caminhada da PJMP para os regionais; * Proporcionar cursos de formação para assessores e militantes da PJMP a nível nacional; * Organizar uma secretaria nacional com as seguintes funções: ponto de referência nacional; arquivo de documentos nacionais; e centro de distribuição de materiais dos blocos e regionais.
ORGANIZAÇÃO LATINO-AMERICANA
Considerando-se que o Continente Latino-americano tem problemáticas mais ou menos comuns, assim como também são comuns seus anseios e esperanças, urge fazer crescer urna coordenação Latino-americana nas principais linhas do trabalho pastoral. Esta coordenação é possível através da Seção de Juventude ( SEJ ) do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). A nossa articulação e organização são preocupações e desafios tanto para os assessores como para os integrantes de cada grupo de jovens engajados na nossa paróquia, área pastoral, diocese, regional e nacional. O dinamismo, que é característica forte da PJ, faz com que nós ultrapassemos as fronteiras do Brasil, marcando presença significativa em eventos e na organização latino-americana. Nós da PJMP, acreditamos ser de grande importância o contato com outras pastorais para troca de experiências, cooperação e realização de atividades, desde que não nos descaracterizemos como jovens do meio popular, onde temos um jeito de SER, de FAZER e de CRER. Avante companheiros !!!
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