Qual a realidade da juventude pobre no Brasil atualmente? Por que existem jovens que podem mais e outros que não podem nada? Essas foram as perguntas que nortearam o Encontro da Juventude CMP.
O exercício de reflexão aconteceu a partir da vivência de cada um, assim, os facilitadores puderam relacionar com a opressão que os jovens pobres sofrem.
Também conduziram o debate na questão de que a falta de política pública é fruto do sistema econômico capitalista cuja lógica é privilegiar poucos à custa de muitos. Portanto para que a juventude possa mudar a sua realidade é preciso lutar por políticas públicas, mas também é preciso transformar a sociedade capitalista em uma sociedade justa, igualitária e socialista.
As atividades foram conduzidas por pequenos grupos em que os jovens dialogaram sobre os problemas gerados pelo capitalismo. Após os trabalhos de grupo, os jovens retornaram para a plenária e expuseram o que foi discutido no grupo. Muitos pontos foram ressaltados pelos jovens como a falta de escola pública de qualidade, a falta de áreas para laser e falta de emprego. A facilitadora ressaltou que essa falta de assistência para os jovens é que contribue para a criminalidade.Complemeta afirmando que o jovem não é culpado pela criminalidade, mas sim o sistema capitalista que oprime os pobres.
O encontro aconteceu no Centro das Pastorais, em Fortaleza, nos dias 10 à 12 de dezembro. A atividade contou com a participação dos jovens do Maciço de Baturité, Sobral; em Fortaleza com as ocupações Irmã Doroty e Cidade de Deus II, a comunidade do Pirambu e o movimento Arte e Coesão (ARCO). A formação foi repleta de músicas, palavras de ordem e místicas. Todos os jovens se envolveram e participaram das discussões.
No domingo, dia do planejamento, os jovens decidiram tirar uma coordenação provisória do setorial de juventude. Cada movimento debateu sobre os seus novos passos e colocou suas idéias para o grupo.
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