Um dia sonhei que a humanidade
Alimentava-se de sonhos,
Lutava para mudar a realidade,
Fortalecer os fracos.
Sonhei com uma força de vontade
Quase desumana para tornar real as utopias
Delirei, pensando que essa juventude de agora
Também poderia pintar a cara
E sais as ruas contra a corrupção
Do meu país, mas vi jovens
Desnutridos para o combate,
Consumidos pelo grande mal do Capital,
Alienados com as grandes máquinas
Da globalização, imersos em seu
Individualismo aprendendo a serem
Cada vez mais egoístas...
E em meu devaneio
Quase não vi luz no crepúsculo,
Mas assim como a noite
Tem a lua com seu brilho natural
Tenho minha fagulha de esperança
De que a juventude não deixe
De correr atrás de conquistas,
De que toda a nossa vida
Não passe inutilmente
Sem saber do que foi feito.
Deparo-me não mis
Com a realidade alheia
Mas com a minha,
Não sou o que quis ser
Mas... estou caminhando
Com a certeza de que já dizia-se
“Sonhos não envelhecem”.
Jesuana Prado
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