A economista e socióloga, Tania Bacelar de Araújo, apresentou, ontem, 23, a análise de conjuntura que marcou o início da reunião do Conselho Permanente da CNBB, na sede da Conferência, em Brasília (DF). Convidada pelo Conselho, a economista fez uma leitura da realidade a partir da economia.
Bacelar destacou as “mudanças e permanências do Brasil recente”. Para a economista, há uma mudança de perfil e localização da população. “A demografia brasileira está mudando rápido: cai o número de nascimentos e aumenta a expectativa de vida. Em 2020 os brasileiros de 50 anos serão em maior número que os de 15”, explicou.
A urbanização foi outro aspecto acentuado por Bacelar. “O Brasil pulsa nas cidades médias e pequenas. A urbanização acentua o padrão atual de crescimento de cidades médias e pequenas, com redução do ritmo da migração para as metrópoles e para o litoral”, sublinha.
Outra mudança apontada por Bacelar está na economia com o crescimento da produção e do consumo. “O Brasil é, hoje, um celeiro de políticas sociais bem construídas. Com isso elevou a renda das famílias e, daí, a demanda popular por bens modernos. O brasileiro não faz conta da taxa de juro, mas do tamanho da prestação”, disse.
Segundo a economista, a melhora dos indicadores sociais no país é resultado não só do programa Bolsa Família, mas também pelo ganho do salário mínimo. A agricultura familiar mereceu elogios da economista. “O apoio à agricultura familiar passou de R$ 2 bi/ano para R$ 15 bi/ano. Há um pedaço de elite acadêmica e política que não quer apostar na agricultura familiar, mas na agricultura patronal”, criticou.
Bacelar destacou, ainda, a diminuição da desigualdade e a ampliação do ensino superior no país. A economista apresentou, também, três áreas em que o Brasil ainda não mudou: educação básica, estrutura fundiária e consciência ambiental onde prevalece “uma visão patrimonialista”.
Fonte: Portal da CNBB
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