A história das Romarias da terra se assemelha à caminhada do povo de Deus e de nossos antepassados em busca da terra prometida. A ideia das romarias tem a sua origem na Bíblia (Cf. Gn 12). As festas bíblicas eram verdadeiras romarias. Jesus também, conservando a tradição de seus pais, participou de romarias ao santuário de Jerusalém.
Portanto, as Romarias são momentos de alegria e de festa onde o povo de Deus expressa sua fé, os seus sofrimentos, a sua resistência, a sua ternura, demonstrando sua capacidade de partilhar a vida, a terra, o pão, os sonhos e as conquistas.
Este ano a cidade de Itapipoca abrirá no próximo dia 07 de agosto, as portas e janelas para, carinhosamente, acolher os romeiros e romeiras da terra das 09 dioceses do Ceará. Será a 15ª Romaria da terra, cujo lema é: “No testemunho dos mártires: terra, água e dignidade.
A Romaria da terra se propõe em fazer memória da vida e lutas dos mártires da caminhada, lutadores e lutadoras do povo, que derramaram seu sangue e doaram suas vidas na luta por terra e água, a fim de que todos e todas tenham vida com dignidade. Pretende, ainda, ser momento de fortalecimento das lutas camponesas, indígenas e quilombolas, bem como de denunciar os impactos negativos sobre os povos nativos (...) Assim como tantos outros projetos do grande capital.
DIOCESE DE ITAPIPOCA: HISTÓRIAS DE MARTÍRIOS E DE LUTAS
Sementes de vida regada a sangue
A Diocese de Itapipoca pode ser entendida como sementeira onde estão plantadas as experiências diversas que possibilitam, ainda hoje, a animação da vida, sobretudo nas comunidades rurais. São vários os relatos de conflitos, de lutas e de conquistas. O posicionamento dessa pastoral nos conflitos que aconteceram na região no período de 1984 e 1987 explicita a sua importância histórica para o povo de Deus da diocese. Nesse período aconteceram fortes investidas de latifundiários e empresários para expulsar trabalhadores rurais que residiam há muito tempo em Itapipoca e em outros municípios do território diocesano.
No ano de 1986 residiam na Fazenda Jandaíra, município de Trairi, cerca de 60 famílias, que viviam ali há varias gerações e praticavam a agricultura familiar.Em setembro de 1984 souberam que a propriedade fora vendida, com o pretexto de implantar um projeto de reflorestamento, através do plantio de cajueiro na região. Sendo assim, todas as famílias teriam que ser removidas da fazenda. Diante da possibilidade de perderem seu “pedaço de chão”, os moradores começaram a se organizar para resistir. A partir de então se iniciaram os conflitos.
No dia 05 de junho de 1986 a polícia esteve na propriedade efetivando uma operação de desarmamento. Na mesma semana 60 homens armados foram mandados para a região, sob o comando do gerente da fazenda.
Preocupados com o desenrolar da situação no dia 09 de junho de 1986, cerca de 90 camponeses se reuniram para conversarem com o gerente a respeito do desarmamento, porém, Gilson, que estava à frente do serviço, mandou que se afastassem as mulheres e as crianças. Em seguida, o agricultor Manoel Veríssimo Neto foi alvejado por um tiro e seus filhos Francisco Carlos Veríssimo e Raimundo Veríssimo Mano intervieram em defesa do pai e instalou-se o conflito que resultou no massacre desta família, além da morte do gerente da fazenda, Gilson Nicolau Feijão. Vale ressaltar que os agricultores assassinados não portavam armas de fogo, apenas foices e facões, instrumentos de trabalhos usados no roçado.
PROGRAMAÇÃO
04h às 6h –Chegada e acolhida dos Romeiros e Romeiras da terra, na Igreja de São Sebastião.
07h-Mística e Caminhada da Igreja São Sebastião seguindo até o Parque de Exposição.
09h-Deslocamento para as tendas: terra, água e dignidade.
13h30-Deslocamento das tendas para a Praça da Igreja de Nossa Senhora das Mercês.
14h-Apresentações Culturais com artistas da caminhada.
15h-Celebração Eucarística, bênção e envio dos Romeiros e Romeiras da terra.
Três “Tendas” de estudo e reflexão serão desenvolvidas dentro da temática principal, divididas de acordo com os três climas presentes no Ceará: São elas: Tenda Serra discutirá o subtema Dignidade (esta tenda abrigará as dioceses de Itapipoca, Sobral, Tianguá e Crateús); a Tenda Sertão discutirá a temática Terra (as dioceses de Iguatu e Quixadá serão as responsáveis por esta tenda) já a Tenda Litoral tem como temática a Água (responsáveis: Fortaleza, Crato e Limoeiro do Norte).
Para ajudar as Dioceses, Paróquias e Comunidades estudar o tema, a CPT lançou um texto base com 3 encontros celebrativos.
Mais informações: CPT Regional NE 1 – cptce@fortalnet.com.br / diocese de Itapipoca – comunicaçã o@diocesedeitapipoca.org.br
Autor: PASCOM
Fonte:http://www.webradiosaofrancisco.com/
POVO DA PJMP do CEARÁ que vai para Romaria da Terra em Itapipoca não esqueçam de nossas bandeiras, blusas, tambores e muita animação iremos fazer um grande ILEAÔ...
ResponderExcluirMÁRCIA ALVES - PJMP FORTALEZA
É liturgico e conforme as rubricas do missal:
ResponderExcluir01. Substituir o Glória na missa por um hino de reinvidicação?
02. Substituir o Pai Nosso por outro canto e não rezar a oração tal e qual Jesus nos ensinou?
03. Apresentar como segunda leitura da missa, não um texto da sagrada Escritura mas um documento resumo de lutas sociais?
04. Reverenciar como martires cristãos, utilizando a oração ddo comum dos martires, pessoas que foram mortas por envolvimento em lutas sociaís e não por causa da fé em Cristo e por ódio a esta fé? São Sebastião, São Lino, São Pedro e Paulo foram martires porque estavam reinvidicando reforma agrária?
05. Uma missa toda alterada desta com a presença e apoio de um bispo ainda é missa?
06. Sugestão. Deveriam enviar um video desta missa celebrada ontem, dia 07/08/011, para o Santo Padre assitir e ver a obediencia dos bispos com plena comunhão com Roma as norams liturgicas da Igreja do Ceará. Se estou errado apresentem uma carta de Roma ao povo autorizando este tipo de celebração que não é mas o Rito Novo do Concilio Vaticano II. Não é missa.
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