Os professores da rede estadual de ensino do Ceará decidiram manter
a greve em assembleia na tarde desta segunda-feira (29), apesar da
decisão judicial que suspendeu a paralisação. Segundo representantes do
Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc), a categoria quer que o
governador Cid Gomes (PSB) assine um Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC) com o Ministério Público. “Para ter uma maior segurança nos
compromissos assumidos queremos que o governador transforme as
propostas em uma TAC”, afirma Reginaldo Pinheiro, da comissão de greve
da Apeoc.
A decisão de manter a paralisação ocorreu três dias após a Justiça
determinar a suspensão da greve, que já dura 24 dias. O desembargador
Emanuel Leite Albuquerque concedeu liminar, na última sexta-feira (26),
determinando aos professores que normalizem as atividades em até 48
horas de dias úteis, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil por cada dia
de descumprimento.
De acordo com a Apeoc, a categoria ainda não foi notificada da
decisão.“Isso caiu como uma bomba para nós, principalmente depois que
fomos recebidos pelo governador na semana passada”, diz Reginaldo.
Próxima assembleia será na sexta-feira (2)
Segundo a Apeoc, a próxima assembleia da categoria ocorrerá na sexta-feira (2), quando devem decidir sobre a suspensão ou manutenção da greve.
Segundo a Apeoc, a próxima assembleia da categoria ocorrerá na sexta-feira (2), quando devem decidir sobre a suspensão ou manutenção da greve.
Na última quinta-feira (25), o governador Cid Gomes recebeu uma
comissão de professores para discutir propostas, quando, segundo o
sindicato dos professores, havia se prontificado a assinar um termo com
o Ministério Público para reiniciar as negociações. Na audiência, Cid
também definiu um prazo de 30 dias para a comissão de greve analisar as
propostas feitas durante a audiência.
A assessoria do Governo do Estado disse ainda não ter conhecimento
da exigência dos professores, mas que deve fazer um pronunciamento
oficial assim que for notificada das decisões da assembleia desta
segunda-feira.
Reivindicações
O sindicato questiona o cumprimento da Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. Os professores pedem que a aplicação do piso atinja todos os integrantes da carreira, sejam profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.
O sindicato questiona o cumprimento da Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. Os professores pedem que a aplicação do piso atinja todos os integrantes da carreira, sejam profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.
A proposta anterior repassada para os professores, segundo o Governo
do Estado, elevava em 45% a remuneração do professor em início de
carreira com nível superior, em relação ao ano de 2010. Passando a
remuneração de R$ 1.461,50 para R$ 2.000,00. Além disso, a proposta
permite incremento de até 60% aos professores temporários.
Fonte: G1
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