Fonte: Portal da CNBB
No próximo sábado, 20 de novembro, é  celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. Para comemorar a data,  entidades da sociedade civil, de modo especial as ligadas ao movimento  negro, realizam eventos por todo o país.
O assessor da Pastoral Afrobrasileira,  padre Ari Antônio dos Reis, diz que a data é um momento para garantir os  direitos dos negros. “Estes eventos têm uma orientação comemorativa,  mas também estão voltados a afirmação da consciência política, da  pertença étnico racial e da reivindicação dos direitos da população  afrobrasileira”.
O dia 20 de novembro é a data que  comemora a Consciência Negra, tendo como figura mestre Zumbi dos  Palmares que, na mesma data 1695, tombava como o grande ícone da  resistência do povo negro e da luta contra a escravidão.
“A insistência em celebrar a memória de Zumbi dos Palmares no dia 20 de Novembro foi a resposta dada pelos negros organizados na perspectiva de lembrar que a abolição foi um processo inconcluso e que só seria plenamente completa pela pressão do movimento negro”, comenta padre Ari. Para ele, o Dia da Consciência Negra é fruto do amadurecimento do movimento negro que questionou o acento histórico dado ao dia 13 de maio, data que lembra a assinatura da Lei Áurea.
“Compreende-se que a assinatura da Lei  Áurea não trouxe a verdadeira libertação. Apesar da legalidade da  alforria viu-se a construção de outras formas de opressão e negação do  direito à cidadania aos negros. Os mecanismos de exclusão continuaram  assumindo facetas diferenciadas. Não foi permitido o acesso dos negros à  educação, emprego renumerado, moradia digna e outras de beneficio à  população em geral que já existiam no século XIX”, acentua o assessor.
Dia de Celebração
Ainda segundo padre Ari, o dia 20 de  novembro é uma data de comemoração, que celebra “a história e a cultura  dos negros, compreendida como fator de enriquecimento para a Igreja”. A  celebração da missa é uma das expressões mais ricas para o  fortalecimento da cultura afro e gratidão a Deus. “A Celebração da missa  afro, que é em primeiro lugar a celebração do mistério Daquele que deu a  vida pela nossa salvação, compreenderá também o necessário protagonismo  nas diferentes ações que buscam a inclusão da população negra em uma  vida cidadã. Para nós cristãos uma vida digna e feliz”.

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