O I Encontro Nacional de Mulheres Atingidas por Barragens, organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) encerrou-se hoje (7), com a participação das cerca de 500 militantes na marcha de lançamento da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, junto a outros movimentos sociais campesinos e ambientalistas, em Brasília.
Pela tarde, as mulheres tiveram uma reunião com a presidenta Dilma Roussef, no Palácio do Planalto. Na ocasião, as militantes pautaram a criação de políticas específicas para as mulheres. Também entregaram um documento em que solicitam a constituição de uma comissão para debater a construção de uma política energética popular e garantir direitos dos atingidos por barragens.
Já a marcha, que passou pelo Congresso Nacional e ministérios, teve como objetivo expor a posição dos movimentos sociais, contrários ao projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), que altera o Código Florestal, bem como ao agronegócio, à produção de alimentos transgênicos e ao uso de agrotóxicos. Neste último quesito, o Brasil está em primeiro lugar, consumindo, anualmente, cerca de um bilhão de litros, o equivalente a cinco litros por brasileiro.
Ao passar pelo Ministério de Minas e Energia, as mulheres do Encontro entregaram um documento em que repudiam as alterações no Código Florestal e reivindicam um projeto energético popular para o país. Elas pediram também o cancelamento imediato das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e o cumprimento do Decreto assinado pelo então presidente Lula, em outubro de 2010, que cria o cadastro sócio-ambiental dos atingidos por barragens.
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