Com a proposta de entender a dimensão
atual do tráfico de pessoas no Ceará, a rede “Um Grito pela Vida”,
realizou de 2 a 4, em Fortaleza, o Curso de Formação para
Multiplicadores na Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Estudantes de Jornalismo, Serviço Social e Turismo, religiosas, agente
de pastorais e do poder público participaram do evento. “Temos que fazer
o invisível torna-se visível. As pessoas precisam entender a dimensão
que é o tráfico de pessoas”, enfatizaram os organizadores do encontro.
Para a representante do Núcleo de
Enfrentamento e Prevenção ao Tráfico de Seres Humanos e Assistência à
Vítimas do Estado do Ceará, Andréia Costa, um dos principais problemas
no estado é o turismo sexual.
Segundo a rede “Um Grito pela Vida”, as
maiores vítimas do tráfico de pessoas são mulheres, que serão forçadas a
se prostituírem. “Não tem como você saber quem está sendo vítima de
tráfico de pessoas. É igual à violência doméstica. É silenciosa e
carregada de preconceitos”, afirma Andréia Costa.
Em outro ponto da arquidiocese de
Fortaleza, em Horizonte, um grupo articulado pela Pastoral do Migrante e
a Comissão Pastoral da Terra do Regional Nordeste 1 da CNBB (Ceará), se
encontraram para refletirem sobre o que é trabalho escravo e
partilharem sobre a realidade no Ceará.
“Precisamos entender que trabalho
escravo é aquele que priva a liberdade e coloca o trabalhador em
situação degradante. Hoje ele está também nas cidades dentro das
fábricas, na construção civil e no trabalho informal”, ressalta o
coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Regional, Thiago
Valentim.
O objetivo do Seminário Mutirão Pastoral contra o Trabalho Escravo é criar uma articulação do Mutirão no Nordeste 1.
Precisamos dessa articulação aqui no
Ceará. Pois, o trabalho escravo é uma realidade que atinge toda a
sociedade. Precisamos de conscientização do quê é o trabalho escravo
para poder denunciar”, enfatiza Thiago Valentim.
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